Fissurectomia é o tratamento cirúrgico das fissuras anais.
Na forma aguda o tratamento é clínico, isto é, com melhoras na alimentação e hábitos de higienização bem como tratamento local com medicamentos adequados. Uma das causas principais de fissura, a constipação intestinal, pode ser corrigida com alimentos ricos em fibras e boa hidratação, pois melhoram a consistência das fezes e aumentam a frequência evacuatória. Fazer a higienização da região com água, após as evacuações, diminui o atrito causado pelo papel higiênico.
Na forma crônica o tratamento de escolha é o cirúrgico, que consiste na remoção do tecido comprometido. A remoção deve incluir não só a ferida (fissura), como também o tecido fibrótico (cicatriz endurecida) ao seu redor, pois essa fibrose evita a cicatrização e fechamento da fissura. Esse procedimento permite a cicatrização da fissura (como se estivéssemos convertendo a fissura crônica em uma aguda novamente). Em alguns casos, secciona-se parcialmente o músculo do ânus (esfíncter anal) para que haja maior relaxamento no momento da evacuação, na tentativa de evitar-se o aparecimento de novas fissuras no futuro.
O procedimento é realizado em centro cirúrgico. Requer jejum de 8 a 12 horas. Não costuma-se fazer lavagem do canal anal antes da cirurgia. A anestesia geralmente é a raqui ou peridural, associada com sedação. Em média, a cirurgia leva cerca de 30 minutos. A alta hospitalar é dada no dia seguinte ao da cirurgia, sendo que o paciente volta às suas atividades cotidianas cerca de 15 dias após a operação.